Presidente Fidel Castro renuncia, qual será o futuro de Cuba?
Reprimidos em sua liberdade, o povo cubano visualizou na semana passada, a renuncia de Fidel Castro, após 49 anos no poder. Membro do Partido Ortodoxo (social-democrata) nos anos 1940 e no começo dos anos 1950, Fidel foi um grande opositor do então ditador Fulgêncio Batista (1933-1959). Ele prometeu ao povo criar uma administração honesta, restaurar a constituição, além do reestabelecimento das liberdades civís e realização de reformas moderadas.
Ele chegou ao poder em 8 de janeiro de 1959 com a ajuda de Camilo Cienfuegos, um dos principaís líderes da revolução cubana, e Che Guevara. Carismático desde o princípio, contava com o apoio da maioria dos cidadãos cubanos.
Prrivados de sua liberdade desde então, os cubanos ainda não sabem o que esperar do futuro de Cuba, uma vez que Fidel saí de cena apenas fisicamente, mas mantém-se presente no cotidiano da Ilha, uma vez que se retira apenas fisicamente devido a saúde debilitada, mas conforme ele informou em carta enviada no jornal O Grama, mas não afasta suas interferências enquanto dispor de forças para seguir escrevendo. Ao contrário das promessas de Fidel, estima-se que haja mais de 200 presos políticos no país. Qualquer pessoa que se oponha ao regime, ou seja considerado um colaborador dos Estados Unidos, é condenado a prisão. Já para aqueles que cometem "atos contra a integridade e independência do país", além de rebeliões, os espera uma condenação a morte.
Com a renúncia de Fidel, é provável que haja uma pressão mundial no que tange a abertura democrática e econômica da Ilha, o que receio não ser possível enquanto Fidel estiver comandando por detrás das cortinas. Tarefa que caberá ao seu sucessor, mas não ficará isenta da observação, mesmo porque o poder continua com a família Castro, através de seu irmão mais novo Raúl Castro. Ele detém a difícil tarefa de comandar a ilha, sob forte olhar do irmão mais velho, que continua na vigilância, talvez para intimidar qualquer mudança brusca no sistema socialista adotado atualmente.
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Os cubanos receiam que os avanços alcançados na educação e saúde cubana não prevaleçam caso ocorra uma abertura democrática no país. Já o mundo fica na espectativa da abertura do mercado. O que seria um fator importante para a sociedade cubana que sofre hoje debaixo de um regime repressor, e privado de liberdades civís, o oposto do que foi prometido na chegada de Fidel ao poder, 49 anos atrás.
Fotos: farm3
El porvenir
